quinta-feira, 26 de junho de 2014

REQUIEM DE UM AMOR

O meu coração está vazio, vazio de luz
mesmo que dele se abarque o universo.
Apenas do amor, só da ferida o pus
(tão patético, o motivo deste verso...)!

Não encontro a luz das estrelas
neste buraco negro que tudo engole!
Às escuras, eis que acendo umas velas
mas tudo o que vejo é como cera mole!

O meu vazio é vasto como o universo
O meu coração voga por aí a esmo
em pedacinhos, tão longe vai disperso
mas se é que volta, ei-lo o mesmo!

Eu só queria uma pequena estrela
Será isso querer demasiado?
Queria morrer bem dentro dela,
deixar meu coração abandonado.

Entretanto, tudo continua submerso...


Armanda Andrade - 15.10.2009





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