É como em todo o ano:
Ainda o astro-rei irónico sorrindo,
cá chega mais um Outono
como sempre, da alegria desavindo!
Cai agora a noite no lá fora
e o frio traz já o cinzento;
cai cá dentro agora sem demora
a alegria, abre alas o desalento...
Vês aquela florzinha ali?
Tão pequena gota de cor!
Uma ilusão passageira em si...
- Lembra-me o estertor do amor.
Tenho frio. Gelo de solidão.
É culpa do Verão que terminou?
Lembro uma promessa de união...
Mas já não existe quem amou.
(E as promessas são palavras fustigadas no vento...
Quem faz não espera, nada é vago nem lento!)
Como são vâs as juras de Verão!
Tão breve o calor que nos aleita...
Mas tão longas estas noites de solidão,
tanta noite pela frente e que nos rejeita!
Tanta, tanta noite, tanta noite!
Armanda Andrade - 24.10.2009
Ainda o astro-rei irónico sorrindo,
cá chega mais um Outono
como sempre, da alegria desavindo!
Cai agora a noite no lá fora
e o frio traz já o cinzento;
cai cá dentro agora sem demora
a alegria, abre alas o desalento...
Vês aquela florzinha ali?
Tão pequena gota de cor!
Uma ilusão passageira em si...
- Lembra-me o estertor do amor.
Tenho frio. Gelo de solidão.
É culpa do Verão que terminou?
Lembro uma promessa de união...
Mas já não existe quem amou.
(E as promessas são palavras fustigadas no vento...
Quem faz não espera, nada é vago nem lento!)
Como são vâs as juras de Verão!
Tão breve o calor que nos aleita...
Mas tão longas estas noites de solidão,
tanta noite pela frente e que nos rejeita!
Tanta, tanta noite, tanta noite!
Armanda Andrade - 24.10.2009
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